Um cenário pessimista na prática: COVID-19

Gestores de milhões de empresas em todo o mundo foram pegos de surpresa por uma situação que com certeza não passou pela cabeça de ninguém em meados de outubro de 2019, quando elaboraram o planejamento estratégico e orçamentário do ano seguinte: uma pandemia.

Começou com uma notícia tímida, dizendo que a China havia detectado um novo vírus no país no último dia de 2019, que havia causado uma misteriosa pneumonia no infectado. Daí em diante, os casos começaram a aumentar exponencialmente: suspeitos, confirmados e mortes.

Mesmo com as ações do país para evitar a disseminação, o vírus foi para a Itália, e dali para o resto do mundo. E os números foram ficando alarmantes, abalando fortemente a economia e as empresas, que precisaram tomar medidas urgentes – e na sua maioria, não planejadas – para conter o contágio.

Um cenário pessimista que reflete a necessidade de planejar o que pode dar errado durante o ano para uma empresa.

 

Planejamento orçamentário – por que planejar o caos?

Sabemos que ao trabalhar com gestão orçamentária e planejamento estratégico, os gestores sempre buscam planejar e trabalhar com um cenário de crescimento realista, considerando as circunstâncias atuais e planos de crescimento.

Sabemos também que nem sempre elaborar e acompanhar cenários diferentes é uma tarefa fácil, principalmente quando o planejamento orçamentário é feito com planilhas eletrônicas. São dezenas, às vezes até centenas, de planilhas e gestores envolvidos em pensar no orçamento. Planejar, e principalmente, consolidar mais de um orçamento acaba se tornando complexo e, por isso, muitas vezes é deixado de lado.

No momento atual do mundo, vemos que tudo pode, sim, mudar drasticamente do dia para a noite, e que pensar em um “plano B” não é perda de tempo. Empresas que tinham um planejamento pessimista com certeza já estão ativando seus novos planos de ação de forma muito mais rápida, buscando a contingência necessária frente ao novo mercado.

 

Não projetei meus cenários, e agora?

Cada caso é um caso. Mas no geral, é importante que os gestores mantenham a calma, e que estejam reunidos pensando no todo: como trabalhar em home office, como lidar com a alta do dólar, com a queda das bolsas, a economia em pânico, os casos de infectados etc.

Uma revisão orçamentária e estratégica pode ser necessária e, se for o caso, deve ser feita o quanto antes para proteger os recursos e o planejamento anual.

O plano de ação deve ser estruturado e replicado aos envolvidos por colocá-los em prática rapidamente, e talvez até os indicadores de performance precisem ser revistos em um próximo momento.

Independente das ações a serem tomadas, é momento de união e comunicação clara dentro da empresa, principalmente entre os gestores, para que essa situação crítica passe e as organizações sejam afetadas o mínimo possível.