O plano de contas é um elemento indispensável para todo e qualquer negócio, pois é um grande aliado na hora de acompanhar e construir um setor financeiro saudável dentro da sua empresa.
Dessa forma, ele está diretamente relacionado à origem do Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE) e Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC), que são quase impossíveis de fazer sem um plano de contas eficaz e bem estruturado.
Esse conjunto de ações é voltado para o controle das movimentações monetárias e auxilia gestores(as) na compreensão do estado em que se encontram as áreas contábil e financeira. Além disso, também permite a resolução de conflitos e o estabelecimento de metas.
Continue a leitura deste artigo para compreender o que é e qual a importância do plano de contas para sua gestão empresarial!
Índice – Neste artigo, você encontrará:
- O que é plano de contas?
- Estrutura ideal
- O que são contas analíticas e sintéticas?
- Importância do plano de contas
- Vale a pena ter um plano de contas?
O que é o plano de contas?
Os códigos e classificações utilizados no plano de contas servem para fichar transações financeiras que fazem parte o setor econômico de uma empresa.
Basicamente, ele é o registro das movimentações financeiras realizadas envolvendo ativos e passivos, receitas e custos de modo geral. Todas essas despesas e investimentos devem ser organizados em sistemas classificatórios que são convertidos em demonstrativos contábeis.
Além disso, ele também serve como base para a concepção do DRE e DFC, como vimos acima, e para a elaboração do fluxo de caixa e do balanço patrimonial.
Deu para perceber a sua importância, certo? Mas para ter um controle estável, que seja útil e balanceado, é preciso saber fazer sua estruturação.
Estrutura ideal
É possível encontrar modelos diferentes para o plano de contas, mas cada um deles abrange o mesmo grupo de informações, imprescindíveis e que possuem obrigatoriedade determinada por lei.
Por isso, os ativos, passivos, receitas e despesas devem ser registrados detalhadamente e apresentados em qualquer plano de contas. A seguir, você confere os quatro elementos estruturais para sua elaboração:
Ativos
Os ativos representam os bens intangíveis, ou seja, a parte não palpável do patrimônio das empresas, como empréstimos e linhas de créditos.
Investimentos feitos e sede própria, por exemplo, também precisam ser enquadrados como um ativo.
Passivos
Por outro lado, os passivos são as pendências financeiras da empresa, ou seja, pagamentos a terceiros, empréstimos solicitados, pagamentos de bens adquiridos. De forma resumida, são as contas a pagar.
Receitas
Contudo, as receitas representam a movimentação financeira recebida pela empresa, o dinheiro obtido por meio da venda de bens, produtos, serviços ou advindos de investimentos que também devem constar no plano de contas.
Despesas
Por fim, as despesas são os custos que a empresa possui. Os diversos tipos de pagamentos feitos, como os de funcionários ou fornecedores, aquisição de equipamentos, entre outros, devem ser descritos nessa seção.
Leia também: Planejamento Orçamentário: Como decidir qual despesa cortar?
O que são contas analíticas e sintéticas?
Os quatro itens apresentados no tópico anterior, (ativos, passivos, receitas e despesas) são agrupados em contas que devem ser selecionadas durante sua criação.
Estamos falando das contas analíticas e sintéticas, que são meios distintos de representar e detalhar as informações necessárias. A seguir, entenderemos um pouco mais sobre ambos:
Conta analítica
Registra e apresenta os dados em um nível de detalhamento mais amplo e minucioso. O saldo dessa conta é obtido pelos lançamentos financeiros organizados separadamente para movimentação.
Conta sintética
Abrange a soma de dois ou mais “grupos” analíticos e calcular o saldo da conta sintética. É um tipo de conta que totaliza diversos “grupos” analíticos em um.
Por isso, antes de optar entre um dos dois tipos de conta citados, a gestão empresarial deve levar em consideração alguns fatores relacionados à empresa. Entre eles está saber claramente qual é o objetivo da empresa, quais são suas estratégias e a capacidade existente no corpo operacional.
Portanto, escolher um modelo simplificado pode ser o ideal para uma empresa pequena, principalmente por ser mais fácil de conduzi-lo e não demandar uma estrutura robusta para acompanhar os dados.
Por outro lado, um plano de contas mais detalhista e completo necessita de ferramentas, profissionais e toda uma estrutura que possibilite a gestão dos dados, obtenção de resultados e formulação das análises de forma otimizada.
Qual a importância do plano de contas?
Emitir o plano de contas traz uma série de benefícios para a gestão empresarial, como a emissão DRE, DFC e elaboração do fluxo de caixa e do balanço patrimonial. Veja abaixo outras vantagens:
- Requisitos fiscais: instrumento importante para auxiliar a empresa na manutenção dos deveres fiscais e no acompanhamento das obrigações financeiras essenciais;
- Análise de resultados: o plano de contas também é um agente importante para acompanhar se as metas foram atingidas e se as estratégias financeiras apresentaram bons resultados;
- Organização de orçamentos e recursos: os dados analisados por meio do plano de contas servem como uma ferramenta organizacional. Sendo útil na hora de assimilar os gastos, reestruturar necessidades orçamentárias e alocar recursos com precisão;
- Otimização de processos: lançar mão do plano de contas é sinônimo da obtenção dados que facilitam e agilizam procedimentos não apenas sobre a saúde financeira da empresa, mas que também serão utilizados até mesmo em outros setores dela.
Vale a pena ter um plano de contas?
Sim, pois o plano de contas não é apenas importante, mas também necessário. Além disso, ele auxilia a gestão empresarial em diversos setores e pode servir a propósitos diferentes, contribuindo para tomadas de decisões mais embasadas e certeiras.
Como Robert Collier disse, “sucesso é a soma de pequenos esforços, repetidos o tempo todo.”
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