As 5 forças de Porter formam uma metodologia de análise econômica desenvolvida pelo economista Michael Porter e popularizada em 1979. Ainda muito utilizada, serve como ferramenta para identificar as principais forças que impactam na capacidade de uma empresa em fazer negócios e gerar lucros.
A metodologia mantém-se importante para direcionar estratégias de desenvolvimento em organizações que desejam permanecer em evidência e não serem abaladas pelos concorrentes. Afinal, organizações precisam (e procuram) estar um passo à frente das demais para garantir sua sobrevivência.
Neste sentido, a aplicação das 5 forças de Porter permite às empresas aumentar sua vantagem competitiva a partir de diversos elementos que apoiam a gestão a tomar decisões mais alinhadas com o seu propósito. A seguir, você vai saber mais sobre quais são essas forças e como elas podem ser aplicadas no seu negócio.
Sobre Michael Porter
Michael Porter foi um professor norte-americano da Harvard Business School, graduado em engenharia aeroespacial e mecânica pela Universidade de Princeton. Mas foi na área de economia empresarial que gerou suas maiores contribuições para a ciência da gestão.
Responsável por formular diversos conceitos e técnicas para desafios conhecidos pelas empresas — como a vantagem competitiva —, ele conseguiu analisá-las em contextos de mercado já naquela época. Ao fim da década de 70, Porter publicou o artigo As cinco forças competitivas que moldam a estratégia, na revista Harvard Business Review.
Desde então, seu conteúdo vem sendo utilizado pelas organizações para identificarem fatores importantes para o desenvolvimento de seus negócios. A partir de um modelo para analisar a competitividade, Porter elaborou uma metodologia com base em 5 forças que afetam uma empresa.
Quais são as 5 forças de Porter?
1. Rivalidade entre os concorrentes
A rivalidade de empresas em um mesmo segmento é a primeira força de Porter e fator importante a ser analisado para guiar uma estratégia de crescimento. Acompanhar a concorrência é fundamental para identificar quais são suas vantagens competitivas, além dos erros e acertos já cometidos.
2. Poder de negociação dos fornecedores
A segunda força diz respeito ao impacto dos fornecedores no seu produto ou serviço. Se acontecer um imprevisto, os gestores terão alternativas para não comprometer o negócio? Observar a relação com fornecedores é uma forma de evitar prejuízos, por isso, considere ampliar suas relações para não afetar o orçamento empresarial.
3. Poder de negociação dos compradores/clientes
Além de conhecer concorrentes e manter relação com fornecedores, é essencial identificar o poder de compra dos clientes. É sobre essa dedicação em conhecer “a clientela” que discorre a terceira força. Isso porque, ao saber do poder de compra do seu consumidor, uma empresa consegue traçar estratégias para continuar sendo escolhida. Diante de diversos concorrentes, o que faz um comprador optar pelo seu negócio?
4. Ameaça de produtos substitutos
Com a acelerada transformação digital, a quarta força de Michael Porter faz ainda mais sentido no contexto atual. Isso porque, ainda que o seu produto esteja à frente da concorrência, não significa que não poderá surgir algo tão inovador quanto ele. Assim, é essencial conhecer os produtos concorrentes para identificar melhorias na sua oferta.
5. Ameaça de entrada de novos concorrentes
É fato que as empresas estão mais preocupadas em destacar-se no mercado de concorrentes atuais, mas também é preciso não esquecer que a disputa pode aumentar. Por isso, é necessário investir em estratégias para consolidar a marca e tornar o risco menos prejudicial, à medida que a empresa se torna mais relevante no mercado.
Qual a importância dessa metodologia?
Em um contexto de mercado cada vez mais competitivo, o conhecimento das 5 forças é essencial para entender de que forma o ambiente influencia no processo de tomada de decisões.
Do mesmo modo, é uma importante metodologia de análise para as organizações, assim como para apoiar a gestão orçamentária, uma vez que todas as estratégias impactam diretamente no orçamento.
Por exemplo, após identificar o nível de rivalidade entre os concorrentes, o seu negócio pode desenvolver maneiras para se diferenciar no mercado e conquistar uma fatia maior do público. Ainda, ao analisar a negociação entre fornecedores e compradores, a empresa pode buscar por melhores condições de compra e venda.
Como aplicar as forças de Porter na gestão?
Para aplicar as 5 forças de Porter na gestão e usá-las para traçar uma estratégia mais assertiva no mercado, é necessário:
- Identificar quais são os concorrentes do seu segmento, bem como o seu nível de rivalidade;
- Analisar a ameaça de nova concorrência no mercado, quais são seus impactos e a capacidade do seu negócio de competir;
- Conhecer os produtos e/ou serviços que podem concorrer direta ou indiretamente com as soluções da sua empresa e afetar a demanda;
- Avaliar a capacidade de negociação com fornecedores e identificar se a empresa está em uma posição favorável para a gestão orçamentária e alinhado com o planejamento orçamentário;
- Avaliar a capacidade de negociar com clientes e oferecer propostas mais vantajosas.
Tenha uma gestão mais estratégica
O mercado exige cada vez mais das empresas, fazendo com que a disputa pelo posicionamento de marca e aquisição de público seja ainda mais acirrada. Enquanto a sociedade evolui a partir de diferentes demandas, as organizações correm para acompanhar este ritmo.
Este movimento reflete na quantidade e principalmente qualidade da concorrência, além de afetar na forma como as empresas/negócios se posicionam para ganhar vantagem competitiva.
Por fim, pode-se concluir que utilizar a metodologia das 5 forças de Porter é imprescindível para analisar o cenário e dar suporte para as empresas tomarem decisões estratégicas. Conhecer essas forças permite que as organizações sejam capazes de se diferenciar das demais e mantendo-se relevantes. Leia mais conteúdos para apoiar o crescimento da sua empresa no nosso blog.
