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CDI e CDB: diferenças e impacto no seu caixa

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As siglas CDI e CDB fazem parte do contexto financeiro e são de relevância para investidores individuais e empresas. O CDI atua como um índice para cálculo, o CDB é um tipo de aplicação de renda fixa — que pode ou não estar atrelado ao CDI. Embora ambos sejam certificados, suas finalidades e modalidades diferem significativamente.

Se você tem interesse sobre este assunto, aqui você vai entender cada um dos termos e como cada um pode impactar no seu fluxo de caixa.

O que é CDI?

CDI é a sigla para Certificado de Depósito Interbancário, uma média de juros de empréstimos realizados apenas entre instituições financeiras. São os empréstimos feitos entre bancos, não permitindo que pessoas e empresas invistam diretamente, uma vez que o CDI funciona como um índice de referência para os rendimentos.

Devido a uma determinação do Banco do Brasil, os bancos não podem chegar ao final do dia com saldo negativo. Por isso, a prática é utilizada como base para as taxas dessas operações, que ocorrem diariamente.

Além disso, o CDI também é utilizado como índice de referência, ou seja, um benchmark para o mercado de renda fixa, baseado no que está sendo praticado pelas instituições financeiras. É uma maneira de garantir que os valores estejam alinhados com o mercado, visando diminuir a incidência de juros abusivos.

O que é CDB?

CDB é a sigla para Certificado de Depósito Bancário, um título de dívida emitido por instituições financeiras, que funciona como um investimento de renda fixa. Na prática, é como fazer um empréstimo aos bancos para, futuramente, receber o valor com os juros correspondentes.

O banco usa o dinheiro investido para conceder créditos, que serão cobrados futuramente com os devidos juros. Assim, com o lucro resultante da operação, a instituição financeira responsável recebe uma parte do valor e paga o seu investidor. A prática é feita em três modalidades:

  • Pré-fixada: taxa de juros definida no momento em que o investidor aplica o recurso, com o valor de retorno já determinado;
  • Pós-fixada: atrelado ao índice de referência (como o CDI, por exemplo), com o valor de retorno definido apenas após o vencimento do título;
  • Híbrida: rendimento atrelado ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), adicionando uma taxa prefixada para o retorno do investimento.

Qual a diferença entre CDI e CDB?

A diferença entre estes dois índices financeiros é, principalmente, quanto a sua classificação: o CDI atua como uma taxa para os rendimentos de valores aplicados em operações entre instituições financeiras; enquanto o CDB é um tipo de investimento de renda fixa.

Neste sentido, o CDB também pode ser atrelado ao CDI, já que a taxa atua como um índice econômico a partir das movimentações financeiras entre as instituições. Por isso, é bastante comum que os investimentos de renda fixa estejam atrelados ao CDI.

Outros investimentos atrelados ao CDI

Há outros investimentos relacionados ao CDI, sendo eles:

  • LCA (Letra de Crédito do Agronegócio): é um título de renda fixa emitido por instituições financeiras para financiar o setor agropecuário. Esse investimento é isento de Imposto de Renda para pessoas físicas e oferece ao investidor um retorno com base em taxas pré ou pós-fixadas, ligadas geralmente ao CDI.
  • LCI (Letra de Crédito Imobiliário): é um investimento de renda fixa emitido por bancos para captar recursos destinados ao financiamento do setor imobiliário. Esse tipo de aplicação é isento de Imposto de Renda para investidores pessoa física e oferece rendimentos com base em taxas prefixadas ou pós-fixadas, também, normalmente, vinculadas ao CDI.
  • Fundos DI: são fundos de investimento que aplicam a maior parte de seu patrimônio em títulos públicos ou privados de renda fixa, indexados ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Eles são considerados investimentos de baixo risco, pois acompanham de perto as variações da taxa CDI, proporcionando rendimentos alinhados às taxas de juros praticadas entre os bancos.
  • A LC (Letra de Câmbio): é um título de renda fixa emitido por financeiras para captar recursos junto aos investidores. Funciona de maneira semelhante ao CDB (Certificado de Depósito Bancário), mas é emitida por instituições financeiras não bancárias, como cooperativas de crédito e sociedades de crédito, financiamento e investimento. A LC oferece rendimentos baseados em taxas prefixadas ou pós-fixadas e pode ser uma alternativa de investimento com um potencial de retorno atrativo.

Qual o impacto desses índices no caixa de uma empresa?

Acompanhar os índices financeiros é essencial para ter um panorama dos possíveis impactos no caixa. Isso porque, algumas taxas importantes, como a Selic, estão relacionadas ao CDI — por exemplo. Neste caso, ambas servem de referência para definir não apenas a rentabilidade dos investimentos, como também as taxas de juros de empréstimos e reajustes em contratos.

CDI e CDB devem ser considerados para o caixa das organizações que irão utilizá-los, seja para estimativas de empréstimo, seja para análises de mercado — o que pode incluir precificação. Ou seja, os índices financeiros contribuem ainda para o planejamento e seguimento de ações em uma organização.

Dito isso, é importante destacar que — mesmo que a empresa acompanhe/esteja informada de todas as flutuações do mercado — os bancos possuem autonomia para definir quais serão suas condições para empréstimo, bem como o valor cobrado para a emissão de um CDI. Este valor é obtido a partir da soma das taxas cobradas pelas instituições financeiras, e um cálculo é feito pela Cetip (Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos Privados).

O resultado é a média entre todos os CDIs praticados, resultando na taxa DI — sendo um valor próximo da taxa Selic. Portanto, as variações na taxa básica de juros impactam diretamente na taxa DI. Para acompanhar os números atuais, basta acessar o site da B3 e conferir no topo da página. Não compreender e não ter acesso a essas informações claramente pode prejudicar a eficiência da gestão orçamentária, visto que todos os passos a seguir devem ser definidos com base no acompanhamento de índices financeiros.

A tecnologia para visualizar índices financeiros

É fundamental para uma empresa (setor/gestão financeira) contar com ferramentas capazes de acompanhar os índices e, dessa forma, apoiar na projeção de cenários para embasar as estratégias da empresa, contribuindo para o desenvolvimento dos negócios.

Os índices financeiros fazem parte destas atividades, uma vez que seus números impactam diretamente em operações financeiras e seus resultados também influenciam no fluxo de caixa. Já existem recursos tecnológicos que oferecem mais acessibilidade e clareza para a função de acompanhar o mercado financeiro, assim como os índices CDI e CDB.

Como exemplo, há o AllStrategy Fluxo, uma solução para gerenciamento de caixa com mais rapidez e confiança nos dados. Com o software da AllStrategy, fica mais fácil projetar as finanças do seu negócio e os índices esperados.

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Tags: controladoria, Fluxo, fluxo de caixa, tesouraria