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Ensino Superior: Como evitar erros no planejamento orçamentário de 2021?

Ensino Superior: Como evitar erros no planejamento orçamentário de 2021?

Segundo dados do último Censo da Educação Superior divulgado pelo Inep, 93,4% da oferta de educação superior no país são provenientes da rede privada, considerando as modalidades presencial e à distância. Esse número, sem dúvida, mostra a força e a importância desse setor. 

Não há dúvidas que o setor educacional foi um dos mais afetados pela quarentena e o isolamento social, e o que teve que mais rapidamente se adaptar e buscar soluções. Os desafios foram muitos e os mais resilientes foram os que avançaram na transformação digital de suas instituições.

Não apenas se adequar ao EAD (Ensino à Distância) — que foi o caminho mais adotado pela maioria dos centros de ensino —, mas o momento também exigiu de todos os departamentos adaptação, digitalização e novos processos. Tudo isso impacta diretamente o planejamento orçamentário e estratégico dessas instituições. Este período do orçamento empresarial requer muito cuidado e atenção para refletir essa nova realidade e as práticas que serão adotadas de agora em diante para 2021. 

No entanto, os números trazem um bom prenúncio. O ensino à distância, que já vinha crescendo exponencialmente no Brasil, ganhou ainda mais força em 2020. Segundo estudo da Catho Educação, as matrículas para cursos EAD tiveram aumento de 70% somente entre 21 de março e 6 de abril deste ano.

Então, o que priorizar no planejamento de 2021?

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Invista em melhorar a qualidade na modalidade à distância

Levar o ambiente de ensino para o espaço digital demandou investimento em recursos tecnológicos, adequação de processos e capacitação do corpo docente. Tudo isso aconteceu ao mesmo tempo, em que inúmeros alunos solicitaram redução nas mensalidades alegando, justamente, a mudança no formato de ensino.

O vice-presidente do SINEPE/RS (Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul), Oswaldo Dalpiaz, abordou essa questão na abertura do Seminário de Matrículas 2021, evento online realizado neste semestre. Na ocasião, ele destacou que, para se solidificar em 2021, é importante que as instituições de ensino considerem o cenário real de recursos disponíveis e as perdas toleráveis. Dessa forma, será possível investir com responsabilidade e minimizar os riscos.

Portanto, ao passo que existe uma aceleração desta oferta, as instituições privadas de ensino superior precisam investir em plataformas adequadas para os cursos, de um modo que mantenha o nível de qualidade das aulas. Outro passo importante é considerar ampliar sua presença em redes sociais, onde pode estabelecer um canal aberto com os alunos.

Como resultado, essas medidas devem ajudar na diminuição da evasão escolar e do escasseamento de recursos devido à inadimplência. Além disso, as palavras-chave do ano devem ser proximidade e flexibilidade. Assim, os gestores devem estar mais próximos do que nunca dos alunos e desenvolver ações específicas, com foco principalmente naqueles com maior risco de evasão. 

Sucesso: Grupo Afya adotou medidas concretas e manteve 100% da operação remota

Alguns exemplos de sucesso mostram que quem já estava preparado para a realidade digital viu a busca por aulas e cursos decolar neste período. Um deles é da Afya Educacional, cliente AllStrategy que fornece soluções educacionais para toda a jornada de formação do profissional médico. Diante da pandemia, o grupo agiu em diversas frentes com o objetivo de garantir o atendimento à comunidade como um todo. 

Entre as principais ações, além de adotar aulas e atendimento online, podemos destacar a abertura da plataforma de aprendizagem remota, sem custo, para instituições de medicina de todo o Brasil. A Afya Educacional também colocou no ar um hotsite de acesso gratuito, o https://coronavirus.afya.com.br/, com textos em linguagem acessível para a população geral. 

Conforme entrevista concedida pelo CEO Virgilio Gibbon, 100% da operação da empresa está em modo remoto, mas “manter o vínculo do aluno com a aprendizagem, para que ele não tenha uma perda no processo de formação, é muito importante”, ponderou.

O desafio do reajuste nas mensalidades

Os fatores que podem impactar o valor dos reajustes são: salários de professores e colaboradores, investimento em infraestrutura e novos recursos, dentre outros. Nem todos esses gastos, entretanto, podem ser repassados na mensalidade escolar. 

Para tomar decisões no momento de uma crise econômica, é preciso adotar uma abordagem que leve em consideração todas as partes envolvidas: alunos, professores, funcionários, gestores e fornecedores. É fundamental equilibrar os interesses de todas as partes envolvidas na comunidade escolar, demonstrando empatia.

No já citado Seminário de Matrículas 2021, o diretor do SINEPE/RS, Iron Müller, orientou que, ao fazer o planejamento do ano letivo, os gestores devem considerar que a renda das famílias também está comprometida. Diante da pandemia, é extremamente importante manter uma comunicação transparente com todos os envolvidos, visando transmitir segurança sobre as medidas que vêm sendo adotadas.

“O momento que a escola está vivendo se refletirá no próximo ano letivo. Devemos voltar às aulas presenciais, ter uma vacina e retomar efetivamente à vida normal. Mas ela jamais será a mesma, porque já experimentamos o novo. E esta pode ser uma janela para pensarmos um novo modelo a usufruir ao longo do próximo ano letivo”, defendeu.

Softwares foram grandes aliados no planejamento

Para 2021, é preciso buscar soluções de negociações com parceiros, identificar onde se pode economizar, fazendo uma projeção e criando um plano de contingência com fornecedores. Para os estudantes matriculados, uma estratégia bem adequada é apresentar os valores do próximo ano ainda nos últimos meses de aula. 

No momento de apresentar o valor ajustado da mensalidade escolar para estudantes e familiares, é indicado estar com a planilha de gastos em mãos. A incompatibilidade entre o ajuste e a planilha de cálculos pode ser um ponto prejudicial. Por isso, sempre reforçamos a importância do uso de dados para obter informações e do controle dos processos no presente para melhor direcionar as ações no futuro.  

Por exemplo, caso a gestão escolar proponha uma elevação relacionada ao salário do corpo docente, é necessário justificá-la. Isso pode ser feito mediante ajustes nos holerites ou contratação de novos colaboradores. Para fazer tudo isso sem erros, considere utilizar um software de planejamento financeiro que também dê apoio ao processo de revisão e reestruturação orçamentária, orientação ao cliente sobre como realizar as alterações necessárias em todas as funcionalidades e módulos do sistema. 

Em um período de transformação cultural, a educação precisa acompanhar as novas tendências para garantir o acesso nas universidades. Se adaptar às mudanças no ensino é fundamental para seguir formando mais profissionais qualificados e ampliar o conhecimento científico no país. Clique AQUI e entenda mais sobre o papel do planejamento orçamentário diante das adversidades.

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