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3 soluções adotadas pelo setor de logística para manter a eficiência diante da pandemia

3 soluções adotadas pelo setor de logística para manter a eficiência diante da pandemia

As mudanças de comportamento e os novos hábitos de consumo que 2020 gerou impactaram diretamente vários setores, tendo consequência direta na logística. Este foi um dos que tiveram que se adaptar mais rapidamente e atuar em modo de urgência. Primeiro, enfrentou a corrida às gôndolas dos mercados e o temor pela falta de mercadorias, que trouxe a incerteza da capacidade de abastecimento das cidades.

Depois, com o fechamento de fronteiras estaduais e nacionais, veio o desafio do acúmulo de insumos nos armazéns – que não seguiram para exportação – e, do outro lado, a falta de produtos decorrentes da suspensão das importações. E por fim, como consequência do isolamento social, vimos a demanda interna aumentar, exigindo um alto número de fretes.

Nesse cenário, inovações nos processos de estoque, transporte e entrega de mercadorias se tornaram mais necessárias do que nunca. Como consequência, houve revisão e melhorias nos processos de logística, gestão de supply chain e, principalmente, adoção de novas tecnologias aliadas ao setor que envolve o embarcador, os centros de distribuição e as transportadoras, além dos motoristas terceirizados.

Confira a seguir 3 soluções que algumas companhias utilizaram para reinventar e inovar os seus processos.

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Prioridades e eficiência logística

Em meio à turbulência inicial, os bens essenciais tiveram grande demanda. Alimentos e itens de higiene elevaram a curva de consumo nos primeiros meses da pandemia, demandando um planejamento de emergência a curto prazo. Com isso, não só as indústrias, mas toda a cadeia produtiva teve que rever prioridades e direcionar os serviços para atender à demanda do país.

Mas como conseguir dar conta dessa urgência sem prejudicar o que vem depois? A resposta para essa questão foi eficiência logística.

Empresas do setor reviram seus planejamentos estratégicos e aceleraram, não apenas a transformação digital, mas também a eficiências de seus processos, como frete retorno, logística reversa, gestão da cadeia de suprimentos, otimização de manutenção de veículos, maior contratação de motoristas terceiros, roteirização mais eficiente, e principalmente, passaram a entender a necessidade da qualidade e segurança da entrega ao consumidor final.

A hora e a vez das logtechs

Toda essa eficiência logística só vem por meio de um caminho: a transformação digital. E foi isso que muitas logtechs trouxeram para o mercado, crescendo exponencialmente nesse período. Importante ressaltar que transformação digital não é digitalização. Por mais que o trabalho remoto e as novas maneiras de gestão tenham trazido a digitalização de forma acelerada para dentro das empresas, a transformação digital muda toda a forma de trabalho de um setor.

Foi o que percebemos com empresas de delivery como Rappi, iFood, Loggi e tantas outras, quando falamos de varejo. No setor logístico de transporte de cargas, também encontramos iniciativas como CargoX, com o marketplace de fretes, que recebeu aporte de mais R$ 400 milhões só nesse ano; o Fretefy que trouxe para o mercado uma solução única de gestão logística de ponta a ponta e viu sua plataforma ser procurada diretamente por setores de logística das indústrias e embarcadores, e a SOS Truck que traz solução de manutenção e reposição de peças por geolocalização.

A falta de pessoal devido ao isolamento social, a necessidade de uma comunicação digital mais eficiente, a otimização de tempo e a necessidade de suprir uma demanda de fretes — que cresceu cerca de 130% segundo matéria da Gazeta do Povo —, fizeram o setor buscar soluções que aumentam a produtividade, reduzem custos e otimizam processos.

Foco no varejo e distribuição de última milha

Não poderíamos deixar de falar do crescimento impressionante do comércio online. Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABCCOM), houve um aumento de 30% nas vendas pela internet em abril, com milhares de pessoas comprando online pela primeira vez na vida. Segundo o relatório realizado pela EbitNielsen, em parceria com a Elo, o e-commerce atingiu 148 milhões de pedidos.

Novamente, foi esse impulso que fez empresas olharem com novos olhos para o processo de frete. Como entregar com segurança, com qualidade e de forma ágil? A implementação de sistemas de entrega e a migração para ambientes online talvez tenham sido a maior adaptação feita por empresas de todos os setores, do pequeno fornecedor de marmitas ao grande varejista de bens de consumo. Seja contratando uma empresa especializada ou fazendo a entrega por conta própria, a implementação desses processos exigiu adaptação da logística.

Foi aí que entrou a distribuição de última milha. Trata-se da parte final da entrega do produto, quando a encomenda sai do centro de distribuição com destino ao endereço final: o cliente. Enquanto algumas empresas optaram por terceirizar a entrega, outras decidiram fazê-la com as próprias mãos. Essa etapa representa cerca de 30% do custo total de uma entrega e a distribuição de última milha é a parte do processo onde existe a maior probabilidade de erros.

Um case de sucesso nessa fase foi a DHL Express. Em entrevista para a Época Negócios, a CEO Mirele Mautschke, afirma que a companhia investiu em novas tecnologias para automatizar processos e fechou parceria com empresa de terminais inteligentes de autoatendimento. O movimento fez a DHL Express crescer cerca de 280% de janeiro a maio deste ano.

A Loggi — que começou o ano demitindo 120 colaboradores e viu a demanda por entregas de e-commerce e varejo saltar 500% somente em maio —, também se vê em um período de estabilidade e já almeja crescimento com as vendas da Black Friday, inclusive com planos de abrir novas agências pelo país e estimativa de entrega de 500 mil pacotes somente nesta data.

Portanto, em momentos como o que o mundo ainda vive em consequência da pandemia, cuja proporção pegou todos de surpresa, o foco deve se voltar principalmente em planejar para continuar crescendo e procurar estar sempre disposto a elaborar planos de ações estratégicas que podem ser tomadas a curto prazo. Dessa forma, é possível rever os custos, avaliar equipe e fazer planejamentos de forma ágil, uma vez que o gestor consegue organizar as ações estratégicas e monitorar todo o andamento do processo de uma forma mais dinâmica e eficiente.

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