Análise de DRE: Saiba como garantir a saúde financeira da sua empresa

Todo profissional da área financeira sabe da importância da análise da DRE. O demonstrativo de resultado do exercício é o relatório com o resumo das atividades financeiras da empresa, sejam elas operacionais ou não. Tal resultado é averiguado pelo regime de competência, que evidencia o total da receita e das despesas da instituição, independente se elas estão quitadas ou não.

A DRE mostra o resultado comparativo do planejado X realizado, assim como a evolução positiva ou negativa dos indicadores de desempenho e, com isso, o gestor financeiro apresenta o relatório à diretoria, apontando os ajustes e melhorias a serem realizadas para garantir a saúde orçamentária da empresa.

Contudo, não iremos explicar aqui o que é a DRE e sim como otimizar a gestão da empresa por meio de uma análise do demonstrativo. Não basta somente discriminar todos os custos e despesas, sem utilizar os dados gerados para maximizar o gerenciamento de unidades e centros de custo.

 

 

Identificando os custos e despesas

Normalmente, o responsável pelas finanças da empresa faz duas análises da DRE. A análise vertical verifica o quanto os custos e despesas impactam nas vendas. Assim, o gestor consegue mensurar de uma forma percentual se algo está ultrapassando o que foi definido no orçamento inicial e ajustá-lo.

A análise horizontal mensura o aumento ou a redução da receita em comparação às despesas. Desta forma, o gestor pode verificar a produtividade e a rentabilidade da instituição. Porém não adianta realizar diversas análises, acompanhando o regime de competência e o regime de caixa da empresa, se todos os fatores que desencadeiam os custos e despesas não forem bem definidos.

Toda empresa tem as despesas fixas ou “Burn Rate”, como também são chamadas. Essas despesas com operação independem do desempenho das vendas e precisam estar ajustadas e inseridas no orçamento anual. Tudo deverá ser previamente aprovado e mantido ao longo do período.

 

De olho na folha de pagamento

A folha de pagamento pode significar mais de 80% das despesas da empresa e, portanto, requer muita atenção por parte do responsável financeiro. Além das despesas fixas de cada funcionário, há uma série de encargos e variantes que devem ser levados em consideração na hora do planejamento orçamentário, para então serem discriminados na DRE.

Bonificações, férias, horas-extras e dissídio coletivo são exemplos de despesas que devem estar alinhadas e projetadas no orçamento, para não causarem um impacto negativo no fluxo de caixa. As contratações e demissões também devem ser planejadas, para, juntamente com as outras despesas, não afetarem as finanças da empresa e ficarem de acordo com o estabelecido no planejamento.

 

Cuidado com os impostos e com a inflação

Enquanto o termo despesa está mais relacionado aos custos fixos, o custo está relacionado ao produto. É muito importante estar atento aos volumes e custos da empresa, planejando todos os investimentos e gastos nesse sentido para que o gestor tenha o controle do fluxo de caixa.

Se a empresa tem unidades em vários estados, pode haver variações tributárias como ICMS e outros, causando impacto na contabilidade se não forem devidamente computados. Inflação, aumento ou diminuição do dólar, entre outros fatores que podem afetar diretamente nos custos, devem ser projetados no planejamento financeiro, para posteriormente serem analisados na DRE.  

 

Forecast e projeção de cenários

Por meio da análise de DRE é possível realizar projeção de cenários. Para desenvolver um planejamento orçamentário assertivo, é preciso olhar atentamente ao histórico para projetar as despesas e custos, realizando os ajustes necessários para manter a saúde financeira da empresa e definir qual o resultado esperado para o ano.

Se ao analisar a DRE for constatado que unidades, centros de custos ou projetos estão fora da margem estabelecida no orçamento, é possível realizar alterações nos meses planejados por meio de forecast, para que o resultado final seja o que foi definido a princípio.

Da mesma forma, alguns fatores determinantes podem apresentar mudanças e a projeção de cenários é uma boa alternativa para que o gestor possa visualizar como o fluxo de caixa irá se comportar nessa outra realidade e preparar a empresa para o que pode acontecer.

 

Use a tecnologia ao seu favor

Às vezes, ter controle de todas as finanças da empresa por meio de planilhas é muito difícil. Este também pode ser um processo mais demorado, com a possibilidade de ocorrer falhas e perdas que comprometem a análise de DRE. Atualmente, muitas empresas estão recorrendo ao uso de softwares de gestão orçamentária, que auxiliam de forma segura e eficaz, o desenvolvimento do planejamento financeiro da instituição.

Além de possuir ferramentas e funcionalidades específicas para melhorar o controle orçamentário de unidades e centros de custo, é possível fazer análise de performance dos indicadores, desenvolver relatórios customizáveis e ter um dashboard com vários modelos de gráficos. Assim, a análise de DRE fica mais completa, as tomadas de decisão mais seguras e a gestão da empresa mais otimizada.